Há filhos que são como as rosas miniaturas. Pequeninas, ricas em detalhes, delicadas em tudo: na beleza, nas folhas, no desabrochar dos botões e flores. Parecem que fazem tudo para agradar, e conseguem.Outros são como as rosas de enxerto. Robustos, exagerados no tamanho; destacam-se em tudo e sobressaem-se aos demais. Por isso mesmo dão mais trabalho, exigem mais cuidado. Qualquer descuido logo”murcham”, adoecem e parece que vamos perdê-los para sempre.Alguns filhos se parecem como a rosa vermelha, perfumadíssima. Têm o vigor do sangue. São imponentes na beleza. Porém, já no seu mais “tenro caule” (quando ainda muito jovens) brotam excessivos espinhos. Ao simples e descuidado toque ferem nossas mãos e provocam dor. Mas como são perfumados! Têm cheiro de vida.
Há filhos como as rosas brancas. Charmosos,
são como os seus buquês. Seus perfumes, expressos no comportamento exemplar, na
obediência e dedicação, amor e honra aos pais, são aromas suaves e como
proporcionam alegria!
Há também filhos como as rosas maravilhas,
que ao mínimo toque da brisa se despetalam todas. São aqueles filhos que se
milidram com tudo e por tudo. Que mesmo sem motivo sentem-se não amados. Por
isso mesmo, esforçam-se para não fazerem parte do “nosso jardim”. Estão sempre
ausentes das “primaveras familiares”. Suas ausências, porém, são bastante
sentidas.
A maioria dos filhos reúnem quase todas estas
características das rosas: delicados, melindrosos, perfumados, robustos, cheios
de espinhos em alguns momentos. Seria tão bom se eles fossem sempre como as
rosas brancas! Mas ficaria faltando o colorido das pétalas.
As rosas são as rainhas das flores. “Os
filhos são a herança do Senhor“. “Coroa dos velhos são os
filhos dos filhos; e a glória dos filhos são os pais“
(respectivamente, Salmo 127:3 e Provérbios 17:6). As rosas, mesmo cheias de
espinhos, perfumam as mãos de quem cuida delas. Os filhos… bem, os filhos
embelezam nossas vidas, perfumam e alegram o nosso habitat. Sem eles não
seríamos uma família, apenas um casal.